sábado, 26 de fevereiro de 2011

Quando o óbvio torna-se cada vez mais óbvio...

Eucalipto tratado pode contribuir para redução do desmatamento na Amazônia

Fonte da Imagem: Google

Atualmente, a maior parte das espécies madeireiras amazônicas consideradas tradicionais e mais conhecidas no mercado consumidor, em razão de terem sido intensamente exploradas nos últimos anos, têm sua ocorrência natural bastante reduzida e estão em crescente processo de escasseamento e, em alguns casos, ameaçadas de extinção.

Entre essas espécies constam madeiras destinadas a várias aplicações, desde as mais requintadas (p. ex.: móveis de luxo, artigos decorativos, torneados e instrumentos musicais), passando pelas mais comuns (p. ex.: construção civil, peças estruturais, assoalhos e esquadrias), até as aplicações rústicas, com destaque ao meio rural (p. ex.: mourões, estacas, pontes e postes), principalmente em usos em que a madeira fica em contato com o solo, ambiente com alto grau de degradação.

São exemplos de espécies de madeiras amazônicas tradicionalmente utilizadas em contato com o solo: maçaranduba, itaúba, aroeira, acariquara e piqui. Essas espécies possuem alta durabilidade natural e são capazes de resistir por muitos anos, em boas condições de uso, em ambientes muito adversos. A durabilidade natural de uma madeira é definida como a vida média útil em serviço quando exposta a fatores não biológicos (temperatura, umidade, luminosidade, acidez, etc.) e biológicos, principalmente fungos apodrecedores e insetos que dela se alimentam (cupins).

Obedecendo a lei da oferta e da procura da economia, a escassez das madeiras nativas de alta durabilidade natural nas florestas amazônicas resulta na elevação do valor comercial no mercado consumidor. Desse modo, o preço de produtos, como mourões e estacas, está hoje muito elevado, inviabilizando economicamente o uso dessas espécies.

Uma excelente alternativa para o problema da escassez que encarece e inviabiliza a utilização das espécies nativas tradicionais é substituí-las por espécies plantadas de rápido crescimento, a exemplo do eucalipto, devidamente tratadas com preservativos químicos industriais.

Segundo os fabricantes de produtos preservativos, a madeira de eucalipto, a ser utilizada em contato com o solo (postes, estacas, mourões, etc.), tratada em autoclaves industriais por processos a vácuo e pressão, considerados os mais eficientes, dura em média 15 anos em serviço, podendo chegar na prática a 20 e até a 30 anos. Portanto, a durabilidade de madeira de eucalipto tratada é similar e até superior às melhores madeiras nativas tradicionais, apontando assim para a viabilidade técnica da sua utilização em substituição a essas.

Atualmente, no Acre, por exemplo, o preço de estacas de eucalipto para cercados tratadas em autoclave mostra-se bastante competitivo com o de estacas das espécies nativas utilizadas em contato com o solo, mesmo considerando os custos do tratamento preservativo e do transporte do centro-sul do País, pois não há no estado plantios dessa espécie e tampouco unidades industriais (usinas) de preservação por processos a vácuo e pressão.

Se forem importadas de estados produtores, estima-se que no Acre o preço de venda de estacas de eucalipto tratadas gire em torno de R$ 7 a unidade (calculado com base no preço médio nas usinas de São Paulo e Espírito Santo e o custo do frete desses locais para o Acre). Em Rio Branco, o preço médio da estaca de madeira nativa disponível (não foram encontradas as espécies tradicionais, mas sim de cumaru-ferro, madeira com durabilidade natural mediana, em torno de 10 anos em serviço, portanto, inferior às tradicionais) é de R$ 10 a unidade. Assim, a madeira de eucalipto é, ao mesmo tempo, mais barata e mais durável que as madeiras nativas disponíveis no comércio.

Outra vantagem, talvez a mais importante, de se utilizar no meio rural espécies plantadas e tratadas em substituição às tradicionais amazônicas é de ordem ambiental, uma vez que a pressão exploratória sobre as espécies nativas será reduzida, o que é muito positivo, não somente do ponto de vista de conservação e recomposição dos estoques naturais, como também para diminuir o desmatamento na Amazônia.

Artigo escrito por:
Henrique José Borges de Araújo
Engenheiro Florestal, M.Sc. pesquisador da Embrapa Acre

Link Original: http://painelflorestal.com.br/noticias/eucalipto/10826/eucalipto-tratado-pode-contribuir-para-reducao-do-desmatamento-na-amazonia

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Setor madeireiro quer dividir custos de florestas públicas com Governo

Os empresários do setor madeireiro querem que os custos da manutenção e da infraestrutura das florestas públicas, objetos de editais de concessões, sejam divididos entre os setores público e privado. Esses custos envolvem, por exemplo, a construção de estradas. "A concessão florestal é uma iniciativa socioambiental, cujo maior fim não é gerar riquezas para a União, mas promover o desenvolvimento social da Amazônia. Por isso, os valores mínimos poderiam ser mais baixos", defendeu Justiniano Neto, diretor da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Pará (Aimex). O preço mínimo de uma Unidade de Manejo Florestal (UFM) pode chegar a R$ 2 milhões.

Justiniano diz que os pilares da mudança são as vantagens e garantias para investir. No Pará, são quatro as florestas federais em processo de concessão, três delas na região da BR-163, a rodovia Santarém-Cuiabá. Somadas, as florestas nacionais (Flona) de Altamira, Amaná e Crepori, em Itaituba e Jacareacanga, têm mais de dois milhões de hectares. Na Calha Norte, a Flona Saracá-Taquera tem 440.958 ha.

O setor madeireiro do Pará é um dos principais contemplados pelos editais para exploração sustentável da floresta. O Estado produz 47% da madeira do País. No Pará, as inscrições à concorrência para a Flona do Amaná seguem até 23 deste mês. O contrato de concessão é de 40 anos e permite ao governo combater a grilagem e incentivar a comercialização e processamento da madeira dentro da lei.

O gerente executivo do Serviço Florestal Brasileiro, Marcelo Arguelles, registrou as reivindicações dos madeireiros. "A intenção de promover este momento foi coletar sugestões e divulgar a importância das concessões", avalia.

Fonte: O Liberal – Adaptado por Painel Florestal

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Operação HARPIA: R$ 155 Milhões em Multas e Manejo Florestal Sem Floresta...

Durante a Operação Harpia o IBAMA aplicou R$ 155 Milhões em multas por descumprimento de embargo e/ou por impedir a regeneração natural de APP e ARL. Foram aplicadas também mais R$ 80 Milhões em multas por Manejo Florestal aprovado em áreas sem floresta. Segue nota do sítio do IBAMA.
A título de informação, HARPIA refere-se ao gênero e espécie da ave de rapina conhecida como Gavião Real.
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Operação Harpia multa fazendas em R$ 155 milhões por quebra de embargo no sul e sudeste do Pará

O Ibama vistoriou durante a operação Harpia, entre 17 e 31/01, mais de 72 mil hectares de áreas ilegalmente desmatadas e embargadas no sul e sudeste do Pará. Essa extensão de terra, junta, equivale a mais de duas vezes o tamanho da cidade de Fortaleza, no Ceará. Segundo os fiscais da Gerência Executiva do órgão em Marabá, poucas propriedades respeitaram a sanção, não permitindo a recuperação do meio ambiente degradado. Na ação, nove fazendas acabaram multadas em cerca de R$ 155 milhões - tanto por descumprir o embargo quanto impedir a regeneração da floresta - em São Félix do Xingu, Santana do Araguaia, Cumaru do Norte, Santa Maria das Barreiras e Bannach.

Se a proibição de uso tivesse sido cumprida, já haveria uma mata crescendo nestas áreas. Ao invés disso, encontramos pastagens, com rebanhos associados. A continuação da atividade pecuária impediu a regeneração natural da floresta”, explica o coordenador da operação, Diego Guimarães, da Divisão de Fiscalização do Ibama em Marabá. Todos os fazendeiros autuados foram notificados para retirar em até 30 dias o gado das áreas embargadas.

A operação Harpia é uma das maiores investidas do Ibama contra a quebra dos embargos aplicados às áreas ilegalmente desmatadas no Pará. Ela aconteceu simultaneamente nas regiões de Marabá, no sul e sudeste, e em Santarém, no oeste do estado.

O Ibama está preparando o terreno para futuras ações de fiscalização nos moldes da operação Boi Pirata I e II. Quem insistir em criar gado em terras desmatadas e embargadas, vai ter os animais apreendidos. A pecuária ilegal é um dos grandes responsáveis pelo desmatamento da floresta amazônica e será combatida”, afirmou o chefe da Divisão de Fiscalização do instituto no Pará, Paulo Maués. Em 2011, 90 operações de médio e grande porte estão prevista para ocorrer no Pará.

Manejo sem floresta: mais R$ 80 mi em multas

Ao vistoriar a Fazenda Rio Tigre, em Santana do Araguaia, fiscais da operação Harpia flagraram mais um plano de manejo florestal fraudado em atividade no Pará. A propriedade, embargada pelo Ibama desde 2006, obteve aprovação da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), ano passado, para explorar milhares de metros cúbicos de madeira nativa amazônica, sem possuir sequer uma floresta com potencial madeireiro em seus limites (havia apenas matas secundárias e pastos degradados). O dono da fazenda beneficiada pela ilegalidade foi multado em R$ 80 milhões, pela venda fictícia da madeira e por inserir informações falsas no sistema de controle ambiental.

Mesmo sem madeira para manejar, a Rio Tigre movimentou cerca de 6,5 mil m3 de toras (aproximadamente 250 caminhões cheios) em créditos fictícios no Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora) - que controla a compra e venda de madeira no Pará. De acordo com o Ibama em Marabá, o plano de manejo fraudulento serviu para colocar no mercado, como se fosse legal, milhares de metros cúbicos de madeira de desmatamento a partir do sul e sudeste do estado.

Nelson Feitosa
Ascom/Ibama/PA
Fotos: Ibama/PA
Link Original: http://www.ibama.gov.br/archives/14441

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Nota de Esclarecimento da Deputada Bernadete Ten Caten

Segue Nota recebida nos comentários do post anterior:
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Caros,


Com relação à matéria publicada em seu blog sobre a fraude na SEMA, encaminho nota de esclarecimento da Deputada Bernadete ten Caten.
Favor disponibilizá-la em seu domínio.
Certos de sua crença na democracia e no direito de resposta, agradecemos.

Assessoria de Comunicação
91-3202 0915
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Na condição de Parlamentar reeleita e legitimada pela sociedade paraense com quase 34 mil votos, sempre atuei no parlamento na luta por interesses coletivos, em favor da sociedade. Desta feita, em poucas linhas venho demonstrar indignação com a matéria veiculada no Jornal Diário do Pará neste Domingo, 06 de fevereiro, a qual deixa a entender que eu estaria envolvida em escândalos de fraudes junto a Secretaria de Meio Ambiente do Estado.

Tenho o dever de informar à sociedade que existe um grande equívoco na matéria veiculada, pois de forma alguma participei, ou participo de esquemas junto a SEMA para a aprovação de licenças ambientais em meu favor. Nunca fui notificada pelos Órgãos da Justiça Paraense para me defender a esse respeito. Igualmente ninguém ligado a meu gabinete parlamentar esteve envolvido em qualquer esquema ou fraude na SEMA.

Esclarecemos que não só junto à SEMA, mas em todos os Órgãos Estaduais e Federais, meu mandato tem atuação, mas unicamente na defesa dos interesses coletivos dos setores que buscam apoio político junto a meu mandato. Fazemos isso, sempre pautados na legalidade.

Por fim, volto a afirmar a todos que não temos envolvimento direto ou indireto com supostas fraudes na aprovação de planos de manejo inexistentes ou com irregularidades junto a SEMA ou qualquer órgão ambiental.

Lamentamos profundamente a clara perseguição política que o mandato vem sofrendo, na tentativa de enlamear nossa história e a história do Partido dos Trabalhadores.

Nada nos abalará! Estamos firmes e convictos da nossa contribuição na construção de uma sociedade cada vez melhor.

Bote fé!

Deputada Bernadete ten Caten
8 de fevereiro de 2011 06:00

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Escândalo na SEMA envolveria até Deputados

Conversas telefônicas interceptadas com ordem judicial revelam como funcionava o esquema de corrupção na Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) para aprovação de planos de manejo durante o governo de Ana Júlia Carepa. As investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) apontam que os envolvidos teriam praticado corrupção ativa e passiva numa organização criminosa que, além de se utilizar de valores obtidos com os ilícitos em suas despesas corriqueiras, ainda tentou esconder os rendimentos desonestos por meio de contas bancárias e bens em nome de terceiros.

O processo corre em segredo na Justiça Federal, mas as transcrições das conversas circulam com desenvoltura entre jornalistas. A propina corria solta e generosa. Até vazamento de informações dentro do MPF foi descoberto. O processo já tem mais de 3 mil páginas.

O DIÁRIO teve acesso às conversas, que envolve servidores da Sema, intermediários, madeireiros, fazendeiros, autoridades do governo passado e políticos como os deputados federais eleitos Cláudio Puty (PT), Giovanni Queiroz (PDT), os estaduais Cássio Andrade (PSB), Bernadette ten Caten (PT) e Gabriel Guerreiro (PV).

O então secretário do órgão, Aníbal Picanço, de acordo com o relatório da investigação, saiu de uma humilde casa no bairro do Reduto para ocupar um apartamento no Umarizal avaliado em R$ 1,5 milhão. O candidato a deputado Sebastião Ferreira, o “Ferreirinha”, tem seu nome citado em várias conversas. Ele tinha muitos clientes entre os madeireiros. E muitos pedidos na Sema.

É possível verificar a pressão exercida para liberação dos projetos sob influência política devido à proximidade da eleição de outubro passado. Um dos diálogos é entre o ex-secretário Cláudio Cunha e Gabriel Guerreiro (PV): “Deputado, aquele seu manejo deve tá saindo já, viu?”. Guerreiro responde: “Tá na sua mão, solte pra mim hoje”. E Cláudio retorna: “Não, vou soltar agora”. Mais adiante, fala para um servidor da Sema que vai atender o deputado e “gastar a tinta dessa caneta com o maior prazer”.

Cássio Andrade, dono de uma empresa que negocia peixes ornamentais, também telefona e cobra celeridade na liberação de seu projeto. “São os meus peixinhos...”, resume. É atendido prontamente. Em outro trecho, Picanço diz para Cláudio Cunha que Bernadete “tá torrando a paciência” e pergunta se ele está acompanhando os processos dela. Cunha responde que sim, mas argumenta que os projetos têm “pendências em Marabá”, que a deputada quer “empurrar goela abaixo”.

ESQUEMA
No dia 16 de setembro do ano passado, uma denúncia feita à PF escancarou o esquema. “Venho denunciar uma quadrilha que há muito tempo está instalada na floresta amazônica, trata-se de pessoas que uniram-se para confeccionar créditos de madeira de forma fraudulenta através de projetos de manejos e aprovados em áreas sem documento e muitas vezes sem nada de mata”.

O denunciante cita que José Vicente Tozetti e seu filho, Carlos Tozetti, com atuação na Transamazônica, uniram-se a um advogado conhecido na Grande Belém como doutor Luiz para influenciar a resolver problemas na Sema e com isso “arrecadar dinheiro para a campanha do PT, ou seja, de Ana Júlia”. A união teve como base um ambicioso e audacioso plano de aprovar plano de manejo em uma área que em sua metade está completamente desmatada e a outra invadida.

Com muita astúcia e desenvoltura obtiveram êxito na grande fraude, conseguiram aprovar um plano de manejo completamente fraudulento, com mais de 70 mil metros cúbicos, avaliado em R$ 8 milhões”, diz o denunciante. O projeto estava em nome de Isaías Galvão Bueno. A transação foi tão bem sucedida que um jovem de 24 anos, José Vicente Alves Tozetti, comprou um avião de marca Corisco. Os créditos falsos do projeto foram vendidos por um tal de Paulo Sérgio, conhecido por “Paçoca”.

 (Diário do Pará)
Link Original: http://www.diarioonline.com.br/noticia-133627-escandalo-na-sema-envolve-deputados.html

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Estado de Carajás - ESTUDOS

Republico postagem do Blog Pelos Corredores do Planalto do amigo Val-André Mutran...
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Íntegra do estudo sobre o Estado do Carajás


Conforme prometido o blog disponibiza a íntegra do estudo "Assimetrias Regionais no Brasil: Fundamentos para Criação do Estado do Carajás", de autoria do economista Célio Costa.

Baixe-o aqui.

Publicado por Val-André Mutran
Labels: Estado do Carajás
Link Original: http://blogdovalmutran.blogspot.com/2011/01/integra-do-estudo-sobre-o-estado-do.html

1 Bilhão de Árvores para o Brasil...

Expansão do plantio de florestas atinge 390 mil hectares em MS

Passados os efeitos da crise econômica mundial, iniciada em setembro de 2008 nos Estados Unidos, a silvicultura voltou a crescer com mais força em Mato Grosso do Sul. Levantamento preliminar da Associação sul-mato-grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore-MS) indica aumento de 26,7% na área plantada de eucalipto e pinus em 2010 no Estado, em relação ao ano anterior. O percentual é três vezes superior ao crescimento de 8,3% verificado em 2009.

Após o fim dos efeitos do “furacão” econômico causado pelo setor imobiliário norte-americano, as empresas de celulose retomaram os projetos de investimento no Estado. E os investimentos se refletiram no aumento da área plantada de florestas. Em 2009, segundo a Associação Brasileira de produtores de Florestas Plantadas (Abraf), houve crescimento de 8,3% na área plantada em relação a 2008, de 284 mil para 307,7 mil hectares. No País, no mesmo período, o setor cresceu 2,5%, de 6,158 milhões para 6,3 milhões de hectares. O aumento foi metade do registrado em anos anteriores, de 5,5% ao ano.

No ano passado, conforme dados preliminares da Reflore-MS, a área de cultivo de florestas no Estado cresceu 26,7%, de 307,7 mil para 390 mil hectares. O aumento só não foi maior porque houve redução de 68% da área de pinus, de 16,8 mil para 10 mil hectares. Já as florestas de eucalipto cresceram 31% em um ano, de 290,8 mil para 380 mil hectares.

Vale da celulose
O governador André Puccinelli (PMDB) confirma a expectativa de transformar a região leste em “Vale da Celulose”. Três Laboas receberá mais duas fábricas, a da Eldorado Florestal e a segunda, da Fibria. A quarta deverá ser da multinacional portuguesa Portucel, que avalia a a instalação entre os municípios de Santa Rita do Pardo e Bataguassu. Apenas estas três empresas deverão precisar de 740 mil hectares de florestas plantadas, segundo o diretor executivo da Reflore-MS, Benedito Mário Lázaro.

Por isto, o Estado antecipou em 10 anos a meta de atingir um milhão de hectares de florestas plantadas em 2020, segundo Lázaro. Inicialmente, o plano estadual previa alcançar este número só daqui a 19 anos.

Oportunidade
A maior parte dos 390 mil hectares de florestas é cultivada por empresas ou fundo de pensão. Segundo Benedito Mário Lázaro, os produtores rurais representam 30% (117 mil hectares) do total cultivado no Estado. No entanto o cultivo de eucalipto e pinus é uma alternativa de renda para o produtor rural, segundo o diretor do Painel Florestal, Robson Trevisan. Ele ressalta que o rendimento por hectare com eucalipto é três vezes superior ao obtido com a pecuária.
Desde 2008, a empresa realiza seminários, congressos e feiras para divulgar as vantagens da silvicultura no Estado. Trevisan explica que o ideal é o produtor destinar parte da propriedade para o plantio de florestas. Além de garantir a recuperação da área degradada, ele poderá obter renda de R$ 30 mil por hectare com o cultivo do eucalipto. “É um investimento (R$ 3 mil por há) de longo prazo”, alerta o diretor do Painel Florestal.
Na região leste, o produtor poderá vender o eucalipto para as empresas de celulose e siderúrgicas. Já na região oeste do Estado, o mercado é formado pelas fábricas de ferro-gusa.

Fonte: Correio do Estado (MS)

Link Consultado: http://painelflorestal.com.br/noticias/florestas-plantadas/10654/expansao-do-plantio-de-florestas-atinge-390-mil-hectares-em-ms