quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Dogma, sacerdócio e ditatorialismo na “religião” ambientalista


João Luiz Mauad: esquerdismo e radicalismo verde geram atraso e pobreza
João Luiz Mauad:
ambientalistas pretendem impor seus planos pela força do governo
João Luiz Mauad,  articulista dos jornais “O Globo” e “Diário do Comércio” apresentou oportunas considerações sobre o dogmatismo e o ar de sacerdócio infalível que assumem figuras do ambientalismo badaladas pela imprensa. Ele o fez em artigo para “O Globo” de 14/10/2012, e do qual extraímos alguns parágrafos mais significativos: 






O uso da ciência

Ciência não é matéria sujeita a consensos ou escrutínios. Ao contrário, espera-se que as teorias sejam constantemente testadas e, se for o caso, falseadas. (...)


É assim que as ciências da natureza trabalham. Observações levam a hipóteses. Hipóteses são testadas através de experimentos. Os resultados são divulgados, examinados e duplicados antes que uma boa teoria seja divulgada.

Certezas são raras, leis são muito poucas. Ciência não é fonte de autoridade, mas de conhecimento.

Cientistas não são deuses. São seres humanos sujeitos aos mesmos impulsos que todos nós. 

Einstein, por exemplo, queria tanto demonstrar que a teoria quântica era determinística e não probabilística que chegou a invocar o Todo-Poderoso: “Deus não joga dados com o universo”, teria dito o alemão, gerando a resposta jocosa de seu colega Nils Bohr: “Einstein, pare de dizer a Deus o que fazer”. (...)


Muitos cientistas subscrevem a teoria do Aquecimento Global Antropogênico sem que tenham feito qualquer pesquisa ou estudo mais aprofundado a respeito. 


Adotam tal postura simplesmente porque este seria o lado “in” da questão. Na maioria dos casos, é assim que o chamado “consenso” científico é estabelecido.


Infelizmente, estamos cercados de gente que diz saber muito mais do que realmente sabe. (...)

O problema é que muitas dessas pessoas confiam tanto na própria sabedoria que pretendem impor aos demais os seus planos, utilizando-se para isso da força dos governos. 


Esses indivíduos sentem-se capazes de planejar cada detalhe de nossas vidas, não importa quão bem (ou mal) planejem as suas. (...)


Não é justo, nem inteligente, sair por aí chamando de herético quem desconfia da atividade humana como causa do aquecimento global, ou duvida das catastróficas previsões dos computadores. 


Heresia tem a ver com fé, e ciência não é assunto de fé. A ciência não prescreve dogmas, nem evolui conforme a opinião da maioria.