terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Setor madeireiro quer dividir custos de florestas públicas com Governo

Os empresários do setor madeireiro querem que os custos da manutenção e da infraestrutura das florestas públicas, objetos de editais de concessões, sejam divididos entre os setores público e privado. Esses custos envolvem, por exemplo, a construção de estradas. "A concessão florestal é uma iniciativa socioambiental, cujo maior fim não é gerar riquezas para a União, mas promover o desenvolvimento social da Amazônia. Por isso, os valores mínimos poderiam ser mais baixos", defendeu Justiniano Neto, diretor da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Pará (Aimex). O preço mínimo de uma Unidade de Manejo Florestal (UFM) pode chegar a R$ 2 milhões.

Justiniano diz que os pilares da mudança são as vantagens e garantias para investir. No Pará, são quatro as florestas federais em processo de concessão, três delas na região da BR-163, a rodovia Santarém-Cuiabá. Somadas, as florestas nacionais (Flona) de Altamira, Amaná e Crepori, em Itaituba e Jacareacanga, têm mais de dois milhões de hectares. Na Calha Norte, a Flona Saracá-Taquera tem 440.958 ha.

O setor madeireiro do Pará é um dos principais contemplados pelos editais para exploração sustentável da floresta. O Estado produz 47% da madeira do País. No Pará, as inscrições à concorrência para a Flona do Amaná seguem até 23 deste mês. O contrato de concessão é de 40 anos e permite ao governo combater a grilagem e incentivar a comercialização e processamento da madeira dentro da lei.

O gerente executivo do Serviço Florestal Brasileiro, Marcelo Arguelles, registrou as reivindicações dos madeireiros. "A intenção de promover este momento foi coletar sugestões e divulgar a importância das concessões", avalia.

Fonte: O Liberal – Adaptado por Painel Florestal

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