terça-feira, 29 de setembro de 2009

Manifestantes pedem a criação do Estado de Carajás

Terça-feira, 29/09/2009, 07:36h

As manifestações de desejo de emancipação do sul do Pará têm ficado cada vez mais frequentes e a última aconteceu na manhã de ontem (28), em Marabá, quando um grupo de aproximadamente 400 pessoas fechou a ponte rodoferroviária por mais de uma hora em prol da criação do Estado de Carajás. O ato marcou a saída de uma caravana de 40 ônibus, que deve reunir cerca de 1.500 pessoas na próxima sexta-feira (2) para reivindicar a divisão do Pará em Brasília.


A Câmara Municipal de Marabá também não terá sessão nesta quarta-feira (30) em função da manifestação na capital brasileira, onde os vereadores se unirão às lideranças da região, que farão lobby para a autorização do plebiscito da criação do Estado.

Rui Hidelbrando, presidente estadual do Comitê Carajás, garante que o protesto de ontem não é nada perto dos que ainda serão feitos pela causa, principalmente se o plebiscito não for aprovado em Brasília. “Esse ato de hoje (ontem) foi simbólico e prometemos outros muito mais enérgicos e de maior pressão popular, uma vez que nesta manifestação estavam apenas as direções dos comitês”, promete o manifestante.

Segundo ele, se tiverem uma resposta negativa em Brasília, os comitês da região sul do Pará também darão uma resposta negativa, fechando novamente a ponte rodoferroviária e outras áreas de fronteiras com o intuito de parar a região por uma semana. Ele ressalta que o Sul do Pará possui grandes projetos econômicos e admite que essa paralisação da região irá trazer prejuízos incalculáveis para a economia local.

Aqui há grandes economias que beneficiam o Brasil e o mundo e vamos parar o sul do Pará inteiro. Essas economias serão paralisadas se não tivermos o plebiscito. É uma forma de denunciarmos o abandono do sul do Pará, que sempre esteve no esquecimento e sempre padeceu de infraestrutura e da presença do Estado. É uma realidade que o povo já não suporta mais. Não aceitamos mais viver como colônia. Nós queremos independência e isso parte de todas as classes sociais, pois a população em geral quer um novo Estado”, denuncia Rui.

Ele destaca ainda que a realização do plebiscito é um direito popular porque a sociedade quer que aconteça. “A população precisa ser respeitada. Eles têm que permitir que o povo participe, opine se quer ou não o Estado de Carajás e nós vamos respeitar a democracia”, conclui.

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