sábado, 22 de agosto de 2009

INCRA INCAPAZ DE CONTROLAR, INFORMAR E DAR INFRA-ESTRUTURA AOS SEUS ASSENTADOS, PROMOVE A EXTRAÇÃO ILEGAL DE CASTANHEIRAS

Ibama flagra corte de madeira em Reserva Agroextrativista em Marabá, no Pará
Marabá (21/08/2009)

Fiscais do Ibama multaram em R$ 2,5 mil, nesta sexta-feira (21), dois assentados da Reserva Agroextrativista Praia Alta-Piranheiras pela derrubada de cinco castanheiras, espécie protegida por lei contra o corte, em Nova Ipixuna, a 66 Km de Marabá, no sudeste do Pará. Os ex-sem-terras, que deveriam viver de agricultura e da exploração sustentável da floresta e não de madeira ilegal, também tiveram um hectare, cerca de um campo de futebol, embargado em cada propriedade pelo órgão ambiental para proteger a regeneração da mata.


Há denúncias de exploração irregular de madeira na reserva com a conivência dos assentados”, revelou a chefe da Divisão de Fiscalização do Ibama em Marabá, Célia Cavalcanti. “As ações de fiscalização vão aumentar para que o objetivo agroextrativista do lugar não se perca”, disse o coordenador a ação de fiscalização, o analista ambiental Gudmar Regino.
Uma denúncia informou ao Ibama a exploração madeireira na reserva. Ao vistoriar uma das propriedades suspeitas, com 30 hectares, os agentes confirmaram o corte de duas castanheiras e aplicaram multa de R$ 1 mil. Na terra vizinha também havia extração ilegal. O assentado foi penalizado em R$ 1,5 mil pela derrubada de três castanheiras. De acordo com o artigo 44 do Decreto 6514/08, a multa por cortar espécie especialmente protegida é de R$ 500 por árvore.
Lenha e estaca no caminho
No retorno da ação, em Nova Ipixuna, a equipe do Ibama em Marabá flagrou na BR-222 (Fortaleza-Marabá), na altura da ponte sob o rio Tocantins, um caminhão transportando 10 m3 de lenha, aproximadamente meio caminhão cheio, e outro levando 67 m3 de estacas, o equivalente a cerca de quatro caminhões, sem autorização do órgão ambiental. O primeiro foi multado em R$ 3 mil e o segundo em R$ 20 mil. Toda a carga e os veículos, um deles um “bi-train” avaliado em R$ 330 mil, foram apreendidos. A madeira será doada para obras sociais na região e os proprietários poderão perder os veículos ao final do processo pelos crimes ambientais.
Nelson Feitosa - Ascom Ibama/Marabá
Foto: Gudmar Regino

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