domingo, 14 de março de 2010

NASA contraria pesquisa da ONU

Recebi por e.mail esta publicação enviada pelo amigo Ciro Siqueira. Acho que vale a pela reproduzir.

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Sábado, 13 de março de 2010

Jornal do Brasil
Nasa contraria pesquisa da ONU

Da Redação

Um estudo encomendado pela agência espacial americana Nasa e publicado na revista Geophysical Research Letter concluiu que a Floresta Amazônica é bem mais resistente à seca do que se pensava anteriormente. Os resultados contrariam o último relatório do Painel Intergovernamental para Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês), órgão da ONU que concluiu, em 2007, que até 40% da Amazônia poderia ser perdida devido a uma ligeira redução na precipitação.

Cientistas ligados à Universidade de Boston, nos EUA, analisaram dados obtidos por satélites da Nasa que mostram a extensão da cobertura vegetal da Amazônia na última década. Ao contrário do que o IPCC e outros estudos anteriores indicavam, a equipe não encontrou grandes diferenças nos níveis florestais entre os anos de seca e anos normais, segundo resumiu o pesquisador de Boston, Arindam Samanta, coordenador do estudo.

A conclusão do IPCC baseavase em um estudo de 2000 encomendado pela ONG ambientalista WWF que não citava as fontes originais da previsão da redução da Floresta.

Baseando-se neste estudo, o IPCC havia declarado que “a vegetação tropical, a hidrologia e o sistema climático da América do Sul poderiam mudar muito rapidamente”.

Duro golpe
 A descoberta do erro representa mais um duro golpe para o IPCC, que já vinha sendo alvo de duras críticas por imprecisões em seus dados.

Nossos resultados certamente não indicam essa extrema sensibilidade a reduções nas chuvas – afirmou Sangram Ganguly, um dos pesquisadores envolvidos na pesquisa encomendada pela Nasa.

O estudo do WWF também já havia sido duramente criticado pelo cientista brasileiro José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Os novos cálculos são muito mais confiáveis e corretos – garantiu Marengo.

A nova pesquisa também contraria um estudo publicado na Science em 2007, indicando que as florestas se beneficiam de secas, porque são expostas a mais luz solar durante as épocas sem nuvens da seca. Segundo os cientistas contratados pela Nasa, esta conclusão também é “falha” e “irreprodutível”.

Esse novo estudo traz alguma clareza à nossa embaçada compreensão de como essas florestas, com suas ricas fontes de biodiversidade, se comportariam no futuro diante da dupla ameaça do desmatamento e da mudança do clima – afirmou à BBC o coautor da nova pesquisa, o professor Ranga Myneni.

As confusões não param por aí. No ano passado, outro estudo, desta vez divulgado por cientistas britânicos, sugeriu que a as florestas tropicais são menos vulneráveis a secas graves devido aos efeitos do aquecimento global.

A nova pesquisa adverte, porém, que a rápida degradação da Floresta Amazônica em função das mudanças climáticas podem representar uma séria ameaça para as florestas tropicais ainda neste século.

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