segunda-feira, 22 de junho de 2009

ONGs estrangeiras usam "bois da Amazônia" para atingir BNDES

Vale a pena reproduzir o post que pode ser encontrado, juntamente com outros bem interessantes no Link http://www.alerta.inf.br/
Por: Nilder Costa
16/jun/09 (Alerta em Rede) – Desde a semana passada, as ONGs Amigos da Terra e Greenpeace estão fazendo um grande estardalhaço com a rescisão do contrato de financiamento do Banco Mundial ao Bertin – um dos maiores frigoríficos do País – e outros que foram acusados pelas ONGs por adquirir bois criados em áreas desmatadas na Amazônia e, em particular, no Pará. O Bertin diz que a rescisão foi motivada pela crise econômica e que, desde janeiro, vinha negociando com o Banco Mundial a interrupção do empréstimo. [1]
Contudo, ao entoar loas por terem “forçado” o Banco Mundial a rescindir o contrato com o Bertin, a Amigos da Terra e o Greenpeace estão mesmo é exibindo seus crachás de agentes de influência do Establishment anglo-americano. Para quem não se lembra, foi o mesmo tipo de conluio ambientalista entre criador e criaturas que “forçou” o Banco Mundial a interromper o financiamento do Polonoroeste, em Rondônia, e a cancelar os empréstimos à Eletrobrás, em 1989, para a construção de hidrelétricas na bacia do rio Xingu, com destaque para a usina de Cararaô, atual Belo Monte. Os livros “Máfia Verde” 1 e 2 documentam com detalhes as origens do já decadente Banco Mundial e seu controle pelo Establishment anglo-americano, assim como as da Amigos da Terra – em verdade, Friends of the Earth – fundada no início dos anos 70 nos EUA e posteriormente transladada para a Holanda. Basta observar que os presidentes do Banco Mundial têm sido sempre integrantes do primeiro escalão de poder dos EUA.
Em verdade, os ataques da Amigos da Terra visam mesmo é o BNDES – que atualmente possui ativos maiores que os do Banco Mundial – por seu papel crucial no financiamento de obras de infra-estrutura e indústrias nacionais. Em nota furiosa e cheia de rompantes, Roberto Smeraldi, cabeça visível da seção doméstica da Friends of the Earth, anuncia que prepara uma “série de iniciativas legais para garantir a inclusão de financiadores e acionistas - com destaque para o BNDES - no pólo passivo das ações [contra os frigoríficos] que tramitam na Justiça Federal”.
Com arrogância, Smeraldi diz que "a saída para o BNDES é a de buscar negociar termos de ajuste de conduta para superar os passivos [ambientais] e, ao mesmo tempo, alterar radicalmente o padrão de financiamento, que precisa ser reorientado para uma revolução de produtividade”. [2]
Quanto às ações judiciais contra frigoríficos e fazendeiros principalmente do Pará, trata-se dos processos movidos pelo Ministério Público Federal (MPF) como responsáveis por desmatamentos. Os 16 frigoríficos são o Bertin, Ativo Alimentos (Mafrinorte), Frigorífico Margen, Frigorífico Industrial Eldorado (Fiel), Frigorífico Rio Maria, Frigor Pará, Redenção Frigorífico do Pará e Cooperativa Agropecuária e Industrial de Água Azul do Norte (Coopermeat), além de seis fábricas que usam derivados de boi como matéria-prima que foram apontadas como infratoras. Apenas no estado do Pará, o MPF já demandou uma indenização de R$ 2,1 bilhões aos frigoríficos.
Edivar Vilela de Queiroz, presidente presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado de São Paulo (Sindfrio), foi direto ao ponto e dá nome aos bois: "Isso é consequência da ação das ONGs. Os ambientalistas querem punir o que é consequência do que foi feito há anos atrás. Isso irá penalizar a pecuária brasileira. Não tem que embargar", agregando que as ONGs que tentam frear o desmatamento na região da Amazônia estariam a serviço de produtores da Europa e de outras regiões que querem diminuir a competitividade da pecuária brasileira. [3]
O mais lamentável é constatar-se que o Ministério Público Federal teria sido instrumentalizado pela Amigos da Terra para mover essas ações judiciais, a julgar pela afirmação da ONG: “A entidade [Amigos da Terra] dará assim prosseguimento à parceria com o MPF, que levou a formular as demandas deste último, entrando em forma de litisconsórcio para estender a responsabilização pelos danos aos bancos”, leia-se BNDES.
Notas:[1]Banco Mundial rescinde contrato com a Bertin e exige dinheiro de volta, Amigos da Terra, 13/06/2009[2]Diferentemente do Banco Mundial, BNDES não pode pedir devolução de dinheiro aos frigoríficos e será responsabilizado na Justiça, Amigos da Terra, 16/06/2009[3]Stephanes quer a legalização de mais áreas na Amazônia, Comércio,Indústria & Serviço, 16/06/2009

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