terça-feira, 26 de abril de 2011

MZEE Estado do Pará. Mapas disponíveis.

Enfim estão disponíveis para download os Mapas em arquivo SHAPE do MZEE do Estado, aí incluídos os da BR-163 (Banda Oeste) e da Banda Leste e Calha Norte.
Segue LINK.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

SUZANO - Fábrica de Celulose no Maranhão

Em Abril de 2013 a fábrica da SUZANO no Maranhão deverá entrar em produção. A nós aqui do Pará, resta a possibilidade de plantar em algumas regiões como Dom Elizeu, Rondom do Pará e Abel Figueiredo, locais onde ainda haverá viabilidade para a Empresa adquirir matéria-prima (estima-se um raio de 200km da fábrica para esta viabilidade). Como sempre, ficamos com os restos...
A seguir nota.
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Suzano encomenda equipamentos para planta de celulose no Maranhão

Os investimentos na fábrica de Maranhão são estimados em US$ 2,3 bilhões

Foto: divulgação
Diretor de expansão da Suzano Papel e Celulose no Piauí e no Maranhão

Em comunicado, a empresa lembra que conseguirá antecipar em seis meses, para abril de 2013, o início das operações da unidade maranhense, que terá capacidade anual de produção de 1,5 milhão de toneladas.

Sem dar um número exato, a Suzano diz que o valor do contrato fechado com a Siemens está dentro da faixa de US$ 40 milhões a US$ 50 milhões, compreendendo a aquisição de dois turbos de geração de energia.

Já o contrato com a Metso abrange uma série de equipamentos para áreas como pátio de madeira, cozimento e lavagem, linha de fibras, além de sistemas de automação integrada.

A empresa não divulga o valor do contrato, mas diz que está em linha com encomendas dessa natureza, que variam de US$ 1 bilhão a US$ 1,2 bilhão.

Os investimentos na fábrica de Maranhão são estimados em US$ 2,3 bilhões. A Suzano também tem o plano de erguer uma fábrica de igual porte no Piauí.

Fonte: Painel Florestal (adaptado da UOL)
Link Consultado: http://painelflorestal.com.br/noticias/celulose/11311/suzano-encomenda-equipamentos-para-planta-de-celulose-no-maranhao

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Carvão vegetal no Brasil e a produção de aço verde

O aço verde poderá ser uma bandeira com viés ambiental e sustentável.
O Brasil deverá desenvolver consistentemente a capacidade técnica e gerencial para melhorar e ampliar a oferta de aço verde, produto de alta qualidade e com grandes vantagens na conservação da biodiversidade nativa e na mitigação das emissões de gases de efeito estufa (GEE).

As emissões de GEE são geralmente relacionadas ao desmatamento e à queima de combustíveis fósseis nos motores veiculares, nos fornos industriais e nas termelétricas para a geração de energia elétrica. Além dessas importantes emissões a produção de aço, a matéria prima para a construção dos motores e das máquinas, é realizada essencialmente a partir de coque de carvão mineral, que também é um combustível fóssil.

O carvão mineral é o combustível mais poluente que a humanidade usa em termos de emissões de gases de efeito estufa, superando o petróleo e o gás natural, os outros dois tipos de combustíveis fósseis. Na indústria siderúrgica o carvão mineral é usado na forma de coque, a fonte de carbono para reagir com o minério de ferro (redutor) e produzir a liga metálica que denominamos de aço. A siderurgia é uma indústria de base imprescindível no desenvolvimento da sociedade. Alternativamente ao coque de carvão mineral na produção de aço, pode ser usado o carvão vegetal. O carvão vegetal pode ser considerado um coque renovável.

A matriz energética brasileira é reconhecidamente a mais limpa do mundo. Nela, quase a metade do consumo de energia primária é de fonte renovável: exatamente 47,6%, segundo o Balanço Energético Nacional de 2010 (BEN 2010, https://ben.epe.gov.br). Nesse total, hidráulica e eletricidade correspondem a 15,3%, 10,1% a lenha e carvão vegetal e 18,1% a produtos da cana-de-açúcar. Os 3,8% restantes provêem de outras fontes como eólica e solar.

Ao analisar as séries históricas do Balanço Energético Nacional (https://ben.epe.gov.br/), verifica-se claramente que antes da Segunda Guerra Mundial, em 1940, o Brasil era um país essencialmente a movido a lenha. Mais de 80% do consumo da energia primária no país naquela época era atendido com lenha. Grande parte ou mesmo a totalidade da lenha usada era de origem nativa. De lá até os dias atuais, a taxa de crescimento da lenha e do carvão vegetal foi muito mais baixa do que a taxa de crescimento dos produtos da cana-de-açúcar.

Os produtos da cana tiveram o mesmo vigor de crescimento do petróleo e da energia hidráulica. A lenha e carvão vegetal não. O crescimento gradativo da cana mostra o efeito claro da agregação tecnológica, evoluindo do engenho para as destilarias atuais. A lenha continua com seus tradicionais fornos produzindo o carvão vegetal, que, em 2010 teve a produção de 10 milhões de toneladas.

A oferta global de energia no Brasil cresceu quase 10 vezes em 70 anos, de 1940 a 2010. A oferta de lenha e carvão vegetal mais que dobrou, cresceu 1,2 vezes; porém a oferta de produtos da cana cresceu quase 78 vezes. A oferta de petróleo, gás e derivados cresceu 60 vezes. A oferta de hidráulica e eletricidade cresceu 106 vezes. Isso na prática significa que a lenha e o carvão vegetal tiveram uma brutal retração relativa ao longo desses anos. Entretanto, ao contrário da situação de 1940, a lenha utilizada para a produção do carvão vegetal é obtida tanto de vegetação nativa, quanto de florestas plantadas, principalmente, de eucalipto.

O produto final do carvão vegetal obtido de lenha de florestas plantadas é o “aço verde”, um produto brasileiro com características únicas no mundo, capaz de ajudar na mitigação das emissões de gases de efeito estufa de forma vantajosa. A siderurgia a carvão vegetal no Brasil está basicamente concentrada no estado de Minas Gerais, com a metade do setor e na região de Carajás, que engloba Pará e Maranhão. Mato Grosso do Sul é uma nova fronteira e poderá vir a ser um campo apropriado para a inovação no setor, mas não o único.

O aço verde poderá ser uma bandeira com viés ambiental e sustentável que o Brasil levará aos fóruns mundiais. Isso é viável, pois a cadeia produtiva do carvão vegetal está ligada as demandas ambientais, sociais e econômicas. Assim, temos necessariamente que introduzir novos processos, novas tecnologias e novas aplicações para a lenha e o carvão vegetal no Brasil.

O caminho deverá ser com Políticas Públicas adequadas e parceria do tipo público-privado. Temos, obrigatoriamente, que aumentar a sustentabilidade e a renovabilidade na produção de lenha e carvão vegetal com controle na origem da matéria-prima e o seu aproveitamento integral como, por exemplo, realizando a recuperação do alcatrão e do bio-óleo. Devemos, por ser o país mais interessado no sucesso da cadeia produtiva do carvão vegetal, diminuir o consumo de matéria-prima proveniente da floresta nativa na produção de lenha e carvão vegetal com leis que sejam efetivas e inibam crimes ambientais.

Finalmente, podemos também viabilizar o uso de matérias-primas não florestais. Nesse campo, os resíduos agro-industriais e processos de carbonização e pirólise para produzir carvão usando essas matérias-primas serão inovadores. Podemos citar os briquetes siderúrgicos e carvão vegetal em pó derivados de resíduos agroindustriais e florestais como desenvolvimentos importantes a realizar.

Considerando-se que neste ano de 2011 celebra-se o Ano Internacional das Florestas e também o Ano Internacional da Química podemos juntar esses dois grandes temas e celebrar a Química Verde e incentivar a produção do Aço Verde.

Fonte: Embrapa, adaptado por Painel Florestal
Link Original: http://painelflorestal.com.br/noticias/siderurgia/11229/carvao-vegetal-no-brasil-e-a-producao-de-aco-verde

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Arrocha o nó...

Ministra do Meio Ambiente nega adiamento de decreto que determina regularização ambiental


Izabella Teixeira negou hoje (07/04) que o governo cogite adiar o decreto que determina prazo para a regularização ambiental de propriedades rurais como solução imediata para impasses entre ruralistas e ambientalistas sobre mudanças no Código Florestal. Ontem, após reunião com o presidente da Câmara, a ministra havia dito que a prorrogação do decreto era uma das possibilidades para ganhar tempo na discussão do novo Código Florestal

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, voltou atrás e negou ontem (6) que o governo cogite adiar a edição do decreto que determina um prazo para a regularização ambiental de propriedades rurais como solução imediata para os impasses entre os ruralistas e ambientalistas sobre mudanças no Código Florestal.

No dia 5/4, após reunião com o presidente da Câmara, Marco Maia, a ministra disse que a prorrogação do decreto era uma das possibilidades para ganhar tempo na discussão do novo Código Florestal.

A discussão sobre decreto não está na mesa como solução imediata. Estamos discutindo, avançando na discussão para promover a regularização ambiental. Não se quer adiar nada, queremos ter regras claras e fazer com que seja objetiva a aplicação do novo Código Florestal no Brasil”, disse ontem (6) após apresentar novos dados de desmatamento do Cerrado e da Amazônia.

Pelo decreto em vigor, no dia 11 de junho deste ano termina o prazo para averbação da reserva legal ou adesão ao programa de regularização ambiental do governo. Após esta data, as propriedades irregulares poderão ser multadas e embargadas. Os ruralistas argumentam que menos de 10% dos produtores rurais do país estão em dia com a legislação ambiental, por isso querem a aprovação rápida do relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que flexibiliza as exigências e pode tirar parte dos agricultores da ilegalidade.

Mais cedo, o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, reuniu Izabella Teixeira e os ministros da Agricultura, Wagner Rossi, e o do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, para afinar a posição do governo sobre as mudanças no código previstas no relatório de Rebelo.

O governo segue em processo de diálogo. Estamos discutindo para chegar a uma proposta que dê segurança jurídica a todos. Estamos discutindo dentro do governo e com o Congresso Nacional medidas de aprimoramento do texto. Estamos trabalhando para chegar a melhor proposta possível”, disse a ministra.

Após a manifestação de ruralistas, que, no dia 5/4, reuniu cerca de 20 mil produtores em Brasília para pressionar pela votação do relatório de Rebelo, hoje (7) será a vez dos ambientalistas tomarem a Esplanada dos Ministérios para uma manifestação contra a flexibilização do código. A marcha está sendo organizada por organizações não governamentais (ONG) como o Greenpeace e o Instituto Socioambiental, além do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Fonte: Ecodebate
Reportagem de Luana Lourenço, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 07/04/2011


Link: http://www.ecodebate.com.br/2011/04/07/ministra-do-meio-ambiente-nega-adiamento-de-decreto-que-determina-regularizacao-ambiental/